O que é?
Tendinite é o termo utilizado para descrever a inflamação de um tendão. Geralmente, a região atingida fica dolorida e inchada, além de avermelhada e mais quente na comparação com o restante do corpo. Isso pode dificultar a realização de alguns movimentos.
Quais são as causas da Tendinite?
A principal causa da tendinite é a lesão por esforço repetitivo, também chamada de LER. Ela acontece quando a pessoa usa muito uma determinada parte do corpo, como os braços, que servem para escrever à mão e digitar.
Quando a pessoa realiza essas atividades em posições incorretas, não faz alongamentos para esticar os tendões e também não faz pausas, pode acabar desenvolvendo uma tendinite. É por causa desse esforço repetitivo que, muitas vezes, a tendinite acaba sendo classificada como uma doença ocupacional, capaz de fazer com que um indivíduo tenha que ficar com o braço imobilizado ou seja afastado do trabalho até a inflamação cessar.
Se não for tratada corretamente, a tendinite pode se tornar uma doença crônica, fazendo com que a pessoa sempre sinta dor naquele local, além de ir desenvolvendo gradualmente uma atrofia muscular acompanhada de dificuldade para realizar movimentos e carregar peso naquela região específica do corpo.
Quais são os tipos de Tendinite?
Existem alguns tipos de tendinite que podem surgir em diversas partes do corpo, entre eles:
- – Tendinite de Quervain – É uma inflamação que atinge alguns tendões do pulso e se estende até o polegar, sendo relacionada com posições viciosas e gravidez. Costuma afetar adultos entre 30 e 50 anos, na maioria das vezes mulheres (10 vezes mais do que os homens);
- – Tendinite Patelar – É comum em praticantes de atividade física, sendo uma lesão de sobrecarga que liga a patela à tíbia, transmitindo força da musculatura da coxa para a extensão do joelho;
- – Tendinite Pata de Ganso – Essa inflamação na região do joelho que é composta por três tendões que ajudam a flexionar o joelho, quando inflama, causa dor e dificuldade para movimentar a perna. É causada por excesso de peso, mas pode surgir devido a outros problemas de saúde, como diabetes, pés chatos, deformidades do joelho, traumas ou excesso de atividade física que exige esforço no joelho.
- – Tendinite Glútea – O conjunto glúteo (mínimo, médio e alto) é responsável pelo equilíbrio da bacia e coluna, e quando inflamado causa um desequilíbrio na musculatura, prejudicando o andar ou o subir e descer de escadas e rampas. Pode surgir por carregar peso excessivo, em mulheres acima de 50 anos, e também por fraqueza muscular, enfraquecimento do tendão, obesidade e esforço repetitivo na região;
- – Tendinite Supraespinhal – É a inflamação do tendão do músculo supraespinhal, localizado na região do ombro. Quando ele é comprimido, causa dores. É comum em atletas de natação e vôlei, além de trabalhadores que necessitam levantar o braço, como pintores de parede;
- – Tendinite de Aquiles – Envolve o tendão de aquiles, localizado entre o calcanhar e a panturrilha. É causada por artrite reumatoide ou por atletas que sofrem com a lesão, embora calçados mal ajustados possam causar o problema;
- – Tendinite do Manguito Rotador – Comum em tenistas, a inflamação ocorre no tendão em torno do topo da articulação, causando dor quando o braço é movido.
Exames que auxiliam no diagnóstico da tendinite
O diagnóstico da tendinite é realizado a partir da história clínica do paciente, do exame físico conduzido durante a consulta e de exames de imagem, como o ultrassom e a ressonância magnética. Outros exames, como radiografias, também podem ser solicitados para a avaliação de possíveis diagnósticos diferenciais.
É importante consultar um médico ortopedista para ter o diagnóstico e o tratamento corretos, já que os sintomas da tendinite podem se confundir com os de outras condições de saúde. O ideal é procurar um ortopedista com atuação na área da queixa do paciente (por exemplo: no caso de tendinite patelar, um especialista em joelho; no caso de tendinite calcânea, um especialista em tornozelo e pé).
Quais são os sintomas de Tendinite?
O principal sintoma de tendinite é uma dor forte na região do corpo que está sendo afetada pela inflamação. Se você sente muita dor nos braços depois de um dia inteiro de trabalhos manuais, pode estar sofrendo de tendinite nos pulsos.
Além da dor, os sintomas de tendinite incluem:
- – Dor que irradia para outras partes do corpo, além da que está sendo afetada;
- – Dor que piora ao movimentar o local;
- – Dificuldade de movimento, inclusive com problemas ao fazer movimentos de coordenação motora fina, que requerem precisão e delicadeza;
- – Espasmos musculares;
- – Dificuldade para carregar peso;
- – Problemas para fazer força;
- – Inchaço no local onde há dor, inclusive com sensação de calor e vermelhidão na região.
No caso da tendinite supraespinhal, os sintomas envolvem:
- – Dor na região do ombro;
- – Dor para movimentar o braço, sobretudo em movimentos de elevação;
- – Limitação de movimento;
- – Dificuldades para executar atividades que eram realizadas antes, que incluem colocar o braço para trás (ao vestir uma blusa, por exemplo).
Os sintomas da tendinite glútea são:
- – Falta de força ao realizar movimentos de abdução;
- – Dores na região lateral do quadril;
- – Sensação de pressão nos tendões, que aumenta a dor.
Já os sintomas da tendinite pato de ganso são:
- – Dor na face interna do joelho;
- – Dificuldade para subir ou descer escadas;
- – Sensibilidade ao apalpar a região do joelho;
- – Dor que piora à noite e no clima frio;
- – Dor latejante no joelho ao sentar.
Os sintomas da tendinite de Quervain envolvem:
- – Dor na face lateral do punho que irradia para o polegar;
- – Dor ao movimentar o dedo;
- – Dor ao movimentar o punho e ao dobrar o dedo;
- – Enrijecimento na região;
- – Inchaço;
- – Dificuldade em pegar objetos;
- – Dor e desconforto nas atividades diárias.
Formas de previnir
Muitas vezes, a tendinite é causada por exercícios repetitivos que sobrecarregam os tendões ou movimentos bruscos. Por isso, a prevenção desse quadro envolve fortalecer o corpo (por meio de atividades físicas regulares) e a adoção de outras medidas, como:
- – Manter uma boa postura, especialmente ao trabalhar ou fazer atividades físicas;
- – Se aquecer antes de atividades físicas;
- – Praticar exercícios de alongamento e mobilidade;
- – Evitar movimentos repetitivos no dia a dia (e, se não for possível, fazer pausas entre eles);
- – Contar com um profissional da saúde que ofereça orientações sobre a execução correta dos exercícios e uma progressão segura no volume de treino;
- – Não ultrapassar os próprios limites, sabendo respeitar os sinais indicados pelo organismo.